PELOS CAMPOS E ROÇADOS
Nos horizontes de campos e roçados
Entre os mandacarus e catingueiras
Na expressão da lida com o gado
No colher dos frutos da mamoneira
No plantar da bondade como legado
No contínuo rezar de uma benzedeira
Com o tranquilizar da erva-cidreira
E o equilíbrio do alecrim do sertão
No esforço diário de cada vaqueira
No intenso trabalho de cada verão
No plantar da palma forrageira
No cultivar num pedaço de chão
Na criação de aves para subsistência
Um fogão de lenha para cozinhar
Na agricultura para sobrevivência
No leite das vacas para ordenhar
Estradas marcantes de cada vivência
Numa convivência para lembrar
São intensas marcas de um conviver
Num cenário de trabalho e dedicação
Valiosas ações para compreender
Fundamentadas no “Sagrado Coração”
Uma “Mariologia” que pode enaltecer
Singelas conotações de cada oração
Com respeito a “Mãe do Bom Conselho”
Num semear de proteção e bondade
Num abençoar de um povo romeiro
Pelas romarias em sua historicidade
Como a devoção e a fé de Juazeiro
Evangelização em sua essencialidade
Abençoados por São Marcos, o evangelista
O Nordeste em sua tradição e gentileza
Ações de cidadania que são pluralistas
Catolicismo e Ortodoxia em sua nobreza
Diversidade em sua essência mais realista
Uma religiosidade ensinada com sutileza
O Sertão expressando sua devoção
As crenças e tradições de uma cultura
Dinâmicos versos escritos com emoção
Toadas e repentes recitados com desenvoltura
Brilhante cenário de uma Cordelização
Poesias repletas de carinho e ternura
OBSERVAÇÃO:
A pintura é do artista plástico baiano “Sílvio Jessé”.
Marcos Antônio Lenes de Araújo
Enviado por Marcos Antônio Lenes de Araújo em 25/04/2020
Alterado em 03/03/2024