ARTESÃS DE UMA HISTÓRIA
Com uma escrita artesanal contavam histórias com serenidade, bordando pensamentos, tecendo emoções e uma historicidade que ultrapassava as barreiras do preconceito e da discriminação com panelas de barro e enxadas nas mãos trilhavam os caminhos literários e religiosos das romarias capazes de explicar o Nordeste em sua grandeza e simplicidade. Ajoelharam-se aos pés de um Juazeiro que estendia as mãos aos romeiros e compreendia que a fé e a devoção era a razão das estradas de uma religiosidade que estava guardada em corações repletos de sentimentos, tendo em suas vivências, preciosos argumentos do trabalho de camponesas em busca de esperança e liberdade. Aa artesãs das palavras eram flores campestres que usavam vestidos de chita, expressavam em suas bonecas de pano tudo aquilo que sentiam, preservavam e reconheciam que educação e religião são as melhores ferramentas para a construção de seres humanos.
Fragmentos de uma análise crítica dos textos das "irmãs Araújo". OBSERVAÇÃO: A imagem foi retirada do freepik.
Marcos Antônio Lenes de Araújo
Enviado por Marcos Antônio Lenes de Araújo em 16/07/2022
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